INTRODUÇÃO:
A partir do século XVI, a Espanha colonizou a América, tendo em vista
toda a quantidade de metais que as Américas continham, nessa mesma linha de
pensamento, percebe-se o quanto era importante para a Espanha manter suas
colônias americanas já que havia uma alta exploração. Leva-se também em
consideração que todo o processo de independência é longo, e na América
espanhola não foi diferente.
A América espanhola sofria de desigualdades dantescas, pois mesmo tendo
a aristocracia como minoria, a mesma comandava mais de 19 milhões de pessoas
(índios, mestiços e escravos), e devido a toda opressão sofrida eles decidiram
se rebelar. O primeiro líder, chamava-se Túpac Amaru (cujo nome verdadeiro é
José Gabriel Condorcanqui), ele era um inca que levava tropas de gado pelo Peru
e acabava presenciando todo o abuso que os aristocratas cometiam contra o seu
povo. Em 1776, Túpac decidiu se rebelar e lutar contra os abusos cometidos pela
aristocracia, entretanto, em 1781, as tropas espanholas o encontraram capturaram
o mesmo em Cuzco, onde foi submetido a torturas e condenado a morte.
Túpac morreu na Plaza de Las Armas, com
quatro cavalos amarrados aos seus braços e pernas, para que fosse dilacerado,
todavia como não foi possível dividir seu corpo, deceparam sua cabeça, e seus
membros foram expostos em várias regiões. Ao contrário do que esperavam, a
morte de Túpac não evitou outras rebeliões, tendo assim, outros movimentos
precursores de independência na Venezuela alguns anos mais tarde.
O segundo líder e o primeiro responsável pela tentativa de independência
na Venezuela foi Francisco de Miranda, que lutou ao lado de Napoleão Bonaparte.
Miranda declarou a independência da Venezuela em julho de 1811, mas ele não
contava com a invasão e retomada de Caracas pelas tropas espanholas. Francisco
de Miranda, devolveu o poder à metrópole e foi considerado traidor, sendo
entregue ao Exército Real espanhol resultando no seu envio para a prisão de
Cádiz na Espanha, onde morreu em 1866.
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA HISPÂNICA:
Com a Revolução Francesa a todo vapor, o resquício das guerras
napoleônicas chegaram a Espanha, tirando do poder a família dos Bourbon e
levando a ascensão do irmão de Napoleão, José Bonaparte. A representação da
Espanha enfraquecida direcionou a população a um desejo de autonomia. Os
mesmos, começaram a organizar Juntas
Governamentais, depondo as autoridades da metrópole e assumindo o controle
sobre diversas regiões.
As ideias de independência se espalharam rapidamente por toda a América,
tendo como suporte o apoio inglês e norte-americano. Contudo, os ingleses
também apoiaram os espanhóis na restauração de seu trono, e a família Boubon
voltou ao poder, e por precisar se recuperarem dos gastos com a guerra
pressionaram suas colônias, abalando a independência por um curto período de
tempo.
Destacam-se dois líderes políticos durante os processos de
independência: Simón Bolivar e José de San Martin. Simón Bolivar tinha como
base, pensamentos iluministas, já San Martin tinha como ideologia regimes
monárquicos com características constitucionais; os dois líderes permaneceram
apoiados por ingleses e norte-americanos.
Em 1822, quando grande parte da América
Latina estava livre, os dois se encontraram no Equador para discutir que
direção seguiriam. San Martín renunciou o poder em reconhecimento da ideologia
de Bolívar, e foi então que no Congresso
do Panamá, Bolivar decidiu tentar a unificação da América Latina e os ingleses
e norte-americanos viam como uma ameaça aos seus interesses, eles então
destruíram os objetivos de Bolívar, que morreu frustrado devido a minação de
seus planos.
Os governos da América Latina tornaram-se instáveis e eles nem sequer
realizavam eleições, fazendo com que “os poderes conquistados se dividissem
entre seus líderes”, gerando uma tirania.
Ocorreu em 1821, através de vários canais de revoltas como o Plano Iguala, que defendia a
independência do próprio, as Guerras
Mexicano-Americanas, desencadeadas pelo anexo feito do Texas aos
Estados-Unidos e o Tratado de Guadalupe
Hidalgo, que solucionava o conflito entre as duas nações.
Cuba iniciou seu processo de independência em 1885, José Martí, usou seu
jornal para mobilizar o povo contra os colonizadores e utilizou suas ideologias
para fundar o Partido Revolucionário Cubano, o mesmo morreu 1898 após
desembarcar em Cuba. Os norte-americanos continuaram com o processo de
independência. O presidente dos EUA, William McKinley, assinou em 1898 a Resolução Conjunta, na qual dizia: “o
povo cubano, por direito, deve ser livre e independente”. Cuba permaneceu
ocupada pelos norte-americanos até o ano de 1902.
INDEPENDÊNCIA DO HAITI:
O Haiti já não pertencia à Espanha, mas estava agora sob domínio
Francês, podendo afirmar que foi um dos importantes processos de independência
mais importantes das Américas. Em 1791, escravos, mulatos e negros se uniram
para dar um fim ao poder que a elite branca tinha. Após várias batalhas e
Revoluções, entre elas a Revolução
Haitiana, a independência deste país ocorreu em 1825.
Fontes de pesquisa: Wikipédia, SuaPesquisa, Sistema Ari de Sá.
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