domingo, 13 de março de 2016

Independência da América Espanhola

INTRODUÇÃO:
   A partir do século XVI, a Espanha colonizou a América, tendo em vista toda a quantidade de metais que as Américas continham, nessa mesma linha de pensamento, percebe-se o quanto era importante para a Espanha manter suas colônias americanas já que havia uma alta exploração. Leva-se também em consideração que todo o processo de independência é longo, e na América espanhola não foi diferente.

PRECURSORES DA INDEPENDÊNCIA:
   A América espanhola sofria de desigualdades dantescas, pois mesmo tendo a aristocracia como minoria, a mesma comandava mais de 19 milhões de pessoas (índios, mestiços e escravos), e devido a toda opressão sofrida eles decidiram se rebelar. O primeiro líder, chamava-se Túpac Amaru (cujo nome verdadeiro é José Gabriel Condorcanqui), ele era um inca que levava tropas de gado pelo Peru e acabava presenciando todo o abuso que os aristocratas cometiam contra o seu povo. Em 1776, Túpac decidiu se rebelar e lutar contra os abusos cometidos pela aristocracia, entretanto, em 1781, as tropas espanholas o encontraram capturaram o mesmo em Cuzco, onde foi submetido a torturas e condenado a morte.
    Túpac morreu na Plaza de Las Armas, com quatro cavalos amarrados aos seus braços e pernas, para que fosse dilacerado, todavia como não foi possível dividir seu corpo, deceparam sua cabeça, e seus membros foram expostos em várias regiões. Ao contrário do que esperavam, a morte de Túpac não evitou outras rebeliões, tendo assim, outros movimentos precursores de independência na Venezuela alguns anos mais tarde.
   O segundo líder e o primeiro responsável pela tentativa de independência na Venezuela foi Francisco de Miranda, que lutou ao lado de Napoleão Bonaparte. Miranda declarou a independência da Venezuela em julho de 1811, mas ele não contava com a invasão e retomada de Caracas pelas tropas espanholas. Francisco de Miranda, devolveu o poder à metrópole e foi considerado traidor, sendo entregue ao Exército Real espanhol resultando no seu envio para a prisão de Cádiz na Espanha, onde morreu em 1866.





 PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA HISPÂNICA:
   Com a Revolução Francesa a todo vapor, o resquício das guerras napoleônicas chegaram a Espanha, tirando do poder a família dos Bourbon e levando a ascensão do irmão de Napoleão, José Bonaparte. A representação da Espanha enfraquecida direcionou a população a um desejo de autonomia. Os mesmos, começaram a organizar Juntas Governamentais, depondo as autoridades da metrópole e assumindo o controle sobre diversas regiões.
   As ideias de independência se espalharam rapidamente por toda a América, tendo como suporte o apoio inglês e norte-americano. Contudo, os ingleses também apoiaram os espanhóis na restauração de seu trono, e a família Boubon voltou ao poder, e por precisar se recuperarem dos gastos com a guerra pressionaram suas colônias, abalando a independência por um curto período de tempo.
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA DO SUL:
   Destacam-se dois líderes políticos durante os processos de independência: Simón Bolivar e José de San Martin. Simón Bolivar tinha como base, pensamentos iluministas, já San Martin tinha como ideologia regimes monárquicos com características constitucionais; os dois líderes permaneceram apoiados por ingleses e norte-americanos.
    Em 1822, quando grande parte da América Latina estava livre, os dois se encontraram no Equador para discutir que direção seguiriam. San Martín renunciou o poder em reconhecimento da ideologia de Bolívar, e foi então que no Congresso do Panamá, Bolivar decidiu tentar a unificação da América Latina e os ingleses e norte-americanos viam como uma ameaça aos seus interesses, eles então destruíram os objetivos de Bolívar, que morreu frustrado devido a minação de seus planos.
   Os governos da América Latina tornaram-se instáveis e eles nem sequer realizavam eleições, fazendo com que “os poderes conquistados se dividissem entre seus líderes”, gerando uma tirania.

INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO:
   Ocorreu em 1821, através de vários canais de revoltas como o Plano Iguala, que defendia a independência do próprio, as Guerras Mexicano-Americanas, desencadeadas pelo anexo feito do Texas aos Estados-Unidos e o Tratado de Guadalupe Hidalgo, que solucionava o conflito entre as duas nações.






INDEPENDÊNCIA DE CUBA:
   Cuba iniciou seu processo de independência em 1885, José Martí, usou seu jornal para mobilizar o povo contra os colonizadores e utilizou suas ideologias para fundar o Partido Revolucionário Cubano, o mesmo morreu 1898 após desembarcar em Cuba. Os norte-americanos continuaram com o processo de independência. O presidente dos EUA, William McKinley, assinou em 1898 a Resolução Conjunta, na qual dizia: “o povo cubano, por direito, deve ser livre e independente”. Cuba permaneceu ocupada pelos norte-americanos até o ano de 1902.
INDEPENDÊNCIA DO HAITI:

   O Haiti já não pertencia à Espanha, mas estava agora sob domínio Francês, podendo afirmar que foi um dos importantes processos de independência mais importantes das Américas. Em 1791, escravos, mulatos e negros se uniram para dar um fim ao poder que a elite branca tinha. Após várias batalhas e Revoluções, entre elas a Revolução Haitiana, a independência deste país ocorreu em 1825.





Fontes de pesquisa: Wikipédia, SuaPesquisa, Sistema Ari de Sá.